Ora se nós podemos afirmar que Adão e sua mulher e agora ambos Adão, um corpo, formavam um casal, macho e fêmea puros, como a palavra do Senhor demonstra e afirma, e que as orientações do Senhor Deus eram: “... Frutificai e multiplicai-vos e enchei a terra,...” (Gênesis 1:28a).
Por esta palavra também podemos afirmar, e com toda a certeza que ambos permaneceram sempre juntos: “... e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” (Gênesis 2:24b). Esta palavra contempla com toda a certeza a afirmação da existência criadora do Senhor Deus por um corpo, e ambos Adão, como mencionado no capitulo três anterior. Este casal por Deus eleitos desde o princípio para a santificação pelo seu Espírito Santo: “... por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade.” (II Tessalonicenses 2:13b).
Devemos entender que no primeiro momento do plano criador divino do Senhor Deus somente o homem varão Adão conheceu cada espécie animal. Também devemos saber que cada um dos animais sabia muito bem quem era o varão homem que os tinha dado seus nomes, pois passaram por diante dele. E o temeram pela autoridade que recebeu do Criador para sujeita-los e dominá-los: “... e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.” (Gênesis 1:28b).
Além do que foi dado pela palavra do Senhor a Adão varão homem à autoridade sobre os animais. A ele Adão veio à palavra de incumbência de dar-lhes seus nomes, portanto no reino animal o homem varão, era temido e respeitado por toda a espécie animal, inclusive a serpente, a mais astuta de todas as alimárias do campo.
Porém se a palavra de Deus afirma que sendo a serpente a mais astuta de todas: “ORA a serpente era mais astutas que todas as alimárias do campo que o Senhor tinha feito. E esta disse a mulher:...” (Gênesis 3:1a).
Sim esta serpente astuta já sabia do processo maligno que dentro dela havia e procurou a mulher, ela não poderia se achegar ao varão, pois além de temê-lo, o conhecia, assim como todos os animais do reino, pois Adão esteve muito tempo com cada um, e os identificou com nomes, e para cada nome havia um significado: “... os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda alma vivente, isso foi o seu nome.” (Gênesis 2:19c).
Como em tudo na perfeição do projeto criador do Senhor Deus, havia também um significado de identificação especial da natureza em cada animal e nela como uma característica revelada, em cada nome, de cada raça e cada espécie. Por exemplo, um casal de canários, jamais iriam colocar palavras de engano na boca da mulher: “... É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?” (Gênesis 3:1b), pois estas pequenas aves cantam para louvar a grandeza da natureza pura do Senhor Deus. Porém a serpente sim, “esta disse a mulher:...” ela colocou as palavras de engano na mente da mulher, e esta respondeu à serpente:
“E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos. Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.” (Gênesis 3:2-4).
A mulher não devia e nem podia naquele momento começar um diálogo com nenhum animal, pois isso passava pela autoridade determinada pelo Senhor Deus ao varão, como mencionado no texto Gênesis 2:19, pois, esta orientação da palavra ocorreu para o varão homem antes da formação da mulher varoa.
Mas no momento que houve o encontro da serpente com a mulher mesmo estando junto o varão homem e a varoa não impediu o diálogo entre a mulher e a serpente. Este diálogo com a serpente ou com qualquer outro animal era uma instrução que varão homem recebeu do Senhor Deus, e cabia a ele neste caso responder a serpente, mas estava tão apegado à sua mulher que não reagiu no momento oportuno e nem interviu ou impediu o diálogo com a serpente, e aqui encontramos o motivo. Apegar-se a sua mulher, “e apegar-se-á à sua mulher,” mais do que ao seu Criador.
O processo do pecado e do erro ocorrido em corpo está respondido com estas afirmações, e com o que já foi amplamente relatado no capítulo três. O homem entrou em um novo processo de vida: “Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal;...” (Gênesis 3:22ª). Este é o momento do diálogo que não foi impedido e induziu ao pecado, e tudo o que o Senhor Deus iria proporcionar para a sua criação após este erro, a vida eterna somente poderia vir agora através do Senhor Jesus, e não mais pela árvore da vida: “... ora, pois, para que não estenda a sua mão, e tome da árvore da vida, e coma e viva eternamente.” (Gênesis3: 22b).
Como abordado e descrito com muita ênfase os ensinamento do Senhor Deus seriam para a continuidade da vida e da procriação do homem. O início da fecundação, e da procriação do primeiro casal ambos Adão, seria o começo da humanidade sem pecado, mas não ouve sequer tempo para ocorrer esta fecundação antes do engano pelo erro alimentar.
Se considerarmos que o ciclo de fecundação da mulher varoa é de vinte e um dias, e mesmo sendo ensinados pelo Senhor Deus como deviam procriar. E que naturalmente também não perderam tempo em coabitar e buscar uma gravidez, pois era o ensinamento do Senhor Deus, e, além disto, estavam apegados e foi isto que gerou a conversa infrutífera com a serpente, e é como relata a palavra do Senhor Deus.
O propósito do Criador era de frutificar e multiplicar, porém este acontecimento ficaria para após o pecado, pois não houve tempo para o homem procriar antes de o erro alimentar, o pecado deu-se em um curtíssimo espaço de tempo após a formação da varoa, a serpente sabia que precisava ser rápido no engano, pois com a gravidez não conseguiria mais enganar a varoa, ela estaria apegado à gestação e ao nascimento do seu filho, e não conseguiria mais engana-la, e também não existe referência na palavra que indiquem a esterilidade da varoa, pois após o pecado e a queda logo frutificou e teve um filho, adiante falaremos sobre este assunto.
Este fato demonstra que o desvio de conduta aconteceu rapidamente após a formação da mulher. Não foi possível sequer a mulher engravidar. E também demostra como estavam apegados o varão e a varoa, e demostra também que do ato sexual era uma benção, e não o fato gerador do pecado ocorrido, pois este era o propósito do Senhor Deus, a procriação. O pecado sim ocorreu unicamente pelo erro alimentar que veio pelo dialogo infrutífero da varoa mulher com a serpente: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.” (II Coríntios 11:3)