Tudo o que o Senhor Deus quer é obediência, e isto vem através dos ensinamentos que estão em sua palavra, não existe outra maneira do ser humano aproximar-se de Deus, a não ser pela obediência à verdade desta palavra, e pelo entendimento transmitido que se recebidos com temor frutificam pelos ensinamentos do Senhor Jesus.
Assim o Senhor Deus estipulou nos primórdios da civilização o sacrifício de animais, apontando para o futuro e perfeito sacrifício do Senhor Jesus pela vida do homem, já falamos isto no capítulo anterior. O Senhor Deus mesmo demonstrou a Adão o primeiro sacrifício, sendo assim, o primeiro sangue derramado, foi pelo próprio Senhor Deus: “E fez o Senhor Deus a Adão e sua mulher túnicas de peles, e os vestiu.” (Gênesis 3:21).
Esta morte de um animal deve ser algo que impressionou e deve ter assustado e marcado muito a Adão e sua mulher Eva, pois nunca tinham visto derramamento de sangue.
Sabemos pelo ensinamento da palavra que o próprio Senhor Deus fez deste sacrifício às túnicas de pele para vesti-los, e naturalmente que sem a pele, ou seja, sem o couro do animal o restante do animal foi ofertado como uma oferta alçada (holocausto) para o próprio Senhor Deus. E a queima do animal e as suas gorduras subiram à glória do Senhor Deus como cheiro suave, agradando assim ao Senhor, e é natural que Adão continuou com o sacrifício do holocausto, guardando os couros para fazer mais vestes para si e a sua mulher e filhos.
Aqui vem os ensinamentos ao primeiro patriarca da oferta do sacrifício ao Senhor, e para a alimentação do homem os alimentos orientados pelo Senhor Deus em sua palavra, ou seja, os frutos da terra cultivados com o suor de seu trabalho, isto precisa ficar claro para sempre na vida do homem.
Portanto estava estipulado o sacrifício e a alimentação em obediência aos ensinamentos realizados e demostrado pelo próprio Senhor Deus. Isto se tornou a única ponte de salvação e alimentação, e esta obrigação iria perpetuar-se pela vida destas dez primeiras gerações patriarcas, e nestes ensinamentos estava o entendimento dos patriarcas mencionados, por temor a palavra pelo entendimento do sacrifício perfeito do Senhor Jesus. Sendo está a única forma de redimir novamente o pecado pela desobediência do erro alimentar cometido.
Adão entendeu os ensinamentos sobre sacrifício e os transmitiu aos seus dois primeiros filhos, e sacrificava ao Senhor holocaustos e com as peles fazia túnicas e vestia a si sua esposa e seus filhos.
Porém não ouve na vida destes dois filhos a continuidade patriarcal, com a morte de Abel em obediência aos ensinamentos: “... e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o matou.” (Gênesis 4:8b), e sendo que Caim saiu da presença do Senhor; “E saiu Caim de diante da face do Senhor.” Pela obediência de Abel podemos ver que além de alcançar testemunho de que era justo: “Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo,...” (Hebreus 11:4a).
Pela fé deste jovem que teve curta vida, e que não pode ser contada entre a longa vida dos patriarcas, porém Abel deu testemunho que entendeu a verdade e o que pode alcançar com a obediência, pois foi está à oferta que agradou ao Senhor, e dela fala-se até aos nossos dias, pois a oferta que agrada ao SENHOR é oferecer o que ao Senhor Deus pertence; e esta oferta foi confirmada pelo jovem e obediente Abel.
Abel o primeiro que dormiu, aguarda desde as primícias da criação pela segunda vinda de Jesus. Sim o jovem Abel aguarda o Senhor Jesus: “E a Jesus, o Mediador duma Nova Aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel.” (Hebreus 12: 24).
Também fica muito claro porque a oferta de Caim não agradou ao Senhor: “E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Mas para Caim e para sua oferta não atentou.” (Gênesis 4: 3,5a). Porque que este jovem escolheu o caminho inverso? Desejo pela carne.
Caim ele cuidava da terra, plantava, colhia, mas também cuidava de animais assim como Abel seu irmão fazia ambos apreenderam isto de seu pai Adão que recebeu os ensinamentos do Senhor. Porém Caim ele sacrificava e comia os animais para si, e, portanto julgava pelo seu entendimento e livre arbítrio que podia dar ao Senhor a oferta do fruto da terra. A lógica no raciocino de Caim era do maligno: “Não como Caim, que era do maligno, e matou a seu irmão. E porque causa o matou? Porque a suas obras eram más, e as do seu irmão justas.” (I João 3:12).
É perfeito aqui o raciocínio e também inquestionável o entendimento que podemos alcançar da palavra do Senhor Deus que se Caim também necessitava de alimentos, e sendo que ele mesmo oferecia do fruto da terra ao Senhor, que ele pelo seu desejo, e necessidade alimentar reservava a carne dos animais para si próprio. Portanto o oposto do seu irmão Abel que obrava justamente. Caim queria para si os prazeres da carne e o cheiro das gorduras para ele e para o seu paladar, o que deveria ser do Senhor Deus e pertencia, e a sua glória nas mãos do homem, a repetição do erro humano na primeira geração.